A doença celíaca é responsável por disfunções que vão desde desnutrição, perda de peso, osteoporose até câncer de intestino. Como os sintomas são comuns a diversos outros males, muitas vezes a pessoa não desconfia que tem a doença e passa anos enfrentando enfermidades e incômodos que poderiam ser evitados com o tratamento.
O sintoma mais corriqueiro manifestado pela doença celíaca é a diarréia crônica. Fezes líquidas ou moles de cor clara são sinal de que alguma coisa não vai bem no sistema digestivo e outros sintomas freqüentes são a perda de apetite, distensão abdominal e anemia crônica. Isto porque ocorre a não absorção dos nutrientes pelas paredes do intestino delgado, provocada pela doença. A doença celíaca pode se manifestar tanto em bebês, adolescentes, adultos como em idosos.
Não se sabe o porquê, mas em alguns casos a prisão de ventre crônica também é sintoma da enfermidade, certos problemas crônicos sem explicação aparente, que não respondem aos tratamentos, podem ser resultado da doença celíaca, por isso é tão importante médicos e pacientes estarem atentos a essa possibilidade. Entre tais problemas estão infertilidade feminina, abortos espontâneos de repetição, hepatite crônica, alterações de humor, apatia e até distúrbios neurológicos, como a ataxia por glúten.
A ataxia (provoca desequilíbrio motor, entre outras coisas) geralmente é causada por alterações do cerebelo, mas pode também ser desencadeada pela doença celíaca. Mesmo alterações psiquiátricas como a depressão podem ser uma conseqüência, e um sintoma, afirma a gastroenterologista Vera Lúcia Sdepanian, professora e pesquisadora da Unifesp, SP.
Entenda o que acontece com o intestino das pessoas com doença celíaca e porque provoca tantos males.
1) As paredes internas do intestino delgado possuem vilosidades que são como "braços", responsáveis pela absorção de macronutrientes como proteínas e carboidratos, e micronutrientes, como vitaminas, ferro, cálcio, entre outros.
2) Quando uma pessoa com doença celíaca ingere alimentos com glúten, essa proteína, ao checar no intestino, estimula a produção excessiva de linfócitos intraepteliais, que são anticorpos contra o glúten, principalmente os de tipo IgA.
3) Os anticorpos atuam sobre as vilosidades internas do intestino, que se atrofiam e vão deixando de desempenhar a sua função de captar os macro e micronutrientes.
4) Os nutrientes são eliminados com as fezes. Assim, não caem na corrente sanguínea e não chegam onde deveria chegar, provocando deficiências nutricionais graves.
2) Quando uma pessoa com doença celíaca ingere alimentos com glúten, essa proteína, ao checar no intestino, estimula a produção excessiva de linfócitos intraepteliais, que são anticorpos contra o glúten, principalmente os de tipo IgA.
3) Os anticorpos atuam sobre as vilosidades internas do intestino, que se atrofiam e vão deixando de desempenhar a sua função de captar os macro e micronutrientes.
4) Os nutrientes são eliminados com as fezes. Assim, não caem na corrente sanguínea e não chegam onde deveria chegar, provocando deficiências nutricionais graves.
O Glúten pode ser encontrado em pães, massas e cerveja: se for portador da doença celíaca, vai ter que mudar as preferências, pois o glúten esta presente na cevada. Está presente também no trigo, na aveia, centeio, cevada, malte e nos derivados de cada um deles. Integram esse abundante grupo os pães, massas, cerveja, uísque e uma infinidade de produtos industrializados que contêm glúten em suas fórmulas.
Em 1992 foi instituída uma lei no Brasil estabelecendo que todos os produtos alimentares que possui algum desses itens em suas fórmulas deviam trazer na embalagem a inscrição "contém glúten". Em 2003, outra lei determinou que qualquer produto alimentício deve exibir na embalagem a indicação "contém glúten" ou "Não contém glúten". Mas, como todos sabem a legislação ainda não está sendo cumprida à risca, pois, muitas indústrias não possuem tecnologia para realizar exames nos alimentos que identifiquem a presença ou ausência do glúten.
Não tem jeito, o único tratamento para a doença celíaca é cortar o glúten da dieta. Medicamentos, por enquanto estão em fase de pesquisa. Pesquisadores na Europa estão testando vacinas que atuariam sobre o sistema imunológico do intestino, mas são estudos que ainda precisam percorrer um longo caminho. Até lá, adeus glúten. Em um ano as vilosidades e a mucosa intestinal se normalizam e em poucos dias após cortá-lo da alimentação os sintomas desaparecerem.
Parece simples, mas não é. "É difícil, sobretudo para os adolescentes, cortar o glúten da alimentação, e a doença vai se tornando crônica, os problemas vão surgindo", diz José César Junqueira. Para tornar o tratamento mais tolerável, é preciso substituir alguns alimentos favoritos. Entram aí derivados do milho, como amido de milho, farinha de milho, fubá, derivados do arroz, como a farinha de arroz, derivados da batata, tal qual a fécula de batata. Por sorte no Brasil ainda temos a mandioca, da qual temos farinha, polvilho azedo, polvilho doce e tapioca.
Em 1992 foi instituída uma lei no Brasil estabelecendo que todos os produtos alimentares que possui algum desses itens em suas fórmulas deviam trazer na embalagem a inscrição "contém glúten". Em 2003, outra lei determinou que qualquer produto alimentício deve exibir na embalagem a indicação "contém glúten" ou "Não contém glúten". Mas, como todos sabem a legislação ainda não está sendo cumprida à risca, pois, muitas indústrias não possuem tecnologia para realizar exames nos alimentos que identifiquem a presença ou ausência do glúten.
Não tem jeito, o único tratamento para a doença celíaca é cortar o glúten da dieta. Medicamentos, por enquanto estão em fase de pesquisa. Pesquisadores na Europa estão testando vacinas que atuariam sobre o sistema imunológico do intestino, mas são estudos que ainda precisam percorrer um longo caminho. Até lá, adeus glúten. Em um ano as vilosidades e a mucosa intestinal se normalizam e em poucos dias após cortá-lo da alimentação os sintomas desaparecerem.
Parece simples, mas não é. "É difícil, sobretudo para os adolescentes, cortar o glúten da alimentação, e a doença vai se tornando crônica, os problemas vão surgindo", diz José César Junqueira. Para tornar o tratamento mais tolerável, é preciso substituir alguns alimentos favoritos. Entram aí derivados do milho, como amido de milho, farinha de milho, fubá, derivados do arroz, como a farinha de arroz, derivados da batata, tal qual a fécula de batata. Por sorte no Brasil ainda temos a mandioca, da qual temos farinha, polvilho azedo, polvilho doce e tapioca.
Ainda não se sabe precisar uma causa, ou causas, certas para o desenvolvimento da doença celíaca. O que é possível afirmar, é que alguns fatores predispõem para uma pessoa tornar-se celíaca. O primeiro deles é a carga hereditária, a genética. A incidência em parentes de primeiro grau é de 30%, enquanto afeta 4% dos portadores da síndrome de Down. A patologia atinge mundialmente duas vezes mais as mulheres do que os homens e também é mais recorrente em portadores da síndrome de Turner e pessoas com tireoidite.
Espero que eu tenha ajudado um pouquinho :)
Fontes: FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, http://acelbra.org.br
http://saude.abril.com.br/especiais/celiaca/celiaca.shtml
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